Retração gengival
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A expressão "retração gengival" pode-lhe não ser familiar. Mas o problema que define é bastante conhecido. E é, infelizmente, cada vez mais comum, afetando milhares de pessoas em Portugal. Afinal, do que estamos a falar quando nos referimos à retração gengival? E que fatores poderão estar na origem deste problema?
O que é a retração gengival?
A retração das gengivas – também conhecida como retração ou recessão gengival – consiste na diminuição da quantidade de gengiva que protege o dente, levando à exposição da sua raiz.
Apesar de poder ocorrer em vários dentes ao mesmo tempo, este problema também se pode manifestar apenas num dente. Além disso, surge normalmente de um processo lento e que evolui de forma gradual, podendo passar despercebido para muitas pessoas.
"Se suspeitar que pode ter a gengiva retraída, não a ignore: consulte o seu médico e avalie a sua situação."
É apenas um problema estético?
Não. A retração gengival pode influenciar muito mais do que a beleza do seu Sorriso. Se não for tratada convenientemente e o mais rapidamente possível, poderá ter consequências bastante negativas para a Saúde Oral. Da sensibilidade dentária até à perda de dentes, passando por uma maior risco de aparecimento de cáries, são vários os perigos associados à diminuição das gengivas.
Como surge?
Apesar de existirem várias causas para o surgimento de retração gengival, é possível identificar dois fatores principais:
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Escovagem incorreta – Um dos aspetos que mais está relacionado com a retração das gengivas é uma má escovagem. Se não escovar de acordo com a técnica recomendada, se o fizer com demasiada força ou se utilizar escovas com cerdas muito duras, é natural que a gengiva seja afetada e inicie o processo de retração.
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Periodontite – Outro aspeto bastante relacionado com a retração gengival é a doença periodontal. A inflamação das gengivas, fruto de uma higiene oral incompleta, pode levar à gengivite e à periodontite, afetando o osso de suporte dos dentes e levando à retração das gengivas. Além disso, nos piores cenários, poderá mesmo ocorrer perda de dentes.
Que outras causas existem?
Além da escovagem incorreta e de problemas relacionados com a Periodontite, existem muitas outras situações que podem estar na origem da retração gengival. Veja alguns exemplos:
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Dentes mal posicionados, sejam dentes apinhados ou simplesmente inclinados;
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Bruxismo, isto é, o hábito de ranger os dentes inconscientemente;
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Trauma oclusal, devido a forças excessivas aplicadas sobre os dentes. Tal pode acontecer por causa de um mau posicionamento dentário ou devido ao uso de aparelhos ortodônticos, por exemplo;
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Alterações hormonais mais fortes, como por exemplo no período de gravidez;
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Alguns tratamentos dentários, como, por exemplo, restaurações que não estejam bem adaptadas a cada Paciente ou branqueamentos muito agressivos;
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Uso de piercings na boca (seja na língua ou nos lábios), uma vez que pode levar a traumas e originar inflamações que, por sua vez, podem originar retração gengival;
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Fumar, além de afetar a Saúde em muitos outros aspetos, é também uma das causas relacionadas com a retração gengival;
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Idade, uma vez que, embora dependa de pessoa para pessoa, com o aumento da idade existe uma maior tendência para que este problema se verifique.
Que cuidados deve ter para evitar o problema?
Para evitar problemas de Saúde Oral, o primeiro passo é a prevenção. Por isso, mesmo num estado inicial do problema, se suspeitar que pode ter a gengiva retraída, não a ignore: consulte o seu médico e avalie a sua situação.
É essencial garantir um acompanhamento constante, consultando o seu médico dentista com regularidade e sempre que tiver alguma dúvida, seja ela qual for. Se o fizer, estará a monitorizar a sua Saúde ao longo do tempo, identificando sintomas com antecedência e tratando de quaisquer problemas ainda numa fase inicial. E com isso, facilita os tratamentos e evita consequências graves e perfeitamente desnecessárias.
Infelizmente, não podemos negar que a retração gengival é um problema real para muitas pessoas. Mas se este for o seu caso, não se preocupe. Hoje em dia, é possível resolvê-la tranquilamente e sem qualquer tipo de dor para o Paciente.
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Artigo publicado pela primeira vez em abril de 2018 e revisto em agosto de 2020.
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